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Foto do escritorFreitas Netto

O domínio dos Apps chineses no e-commerce brasileiro!


Nos últimos anos, o comércio eletrônico brasileiro vem sendo impactado por uma nova força internacional: os apps chineses. Com nomes de peso como Shopee, Shein, Temu e Aliexpress, essas plataformas estão conquistando uma fatia cada vez maior do mercado, oferecendo produtos variados e preços competitivos que atraem milhões de consumidores brasileiros.


Por que os apps chineses estão ganhando tanto espaço?


Segundo a pesquisa E-commerce Trends 2025, realizado pela Opinion Box, em parceria com a Octadesk, 72% dos consumidores brasileiros já compraram em lojas internacionais, e esse número continua crescendo.


O preço acessível e a diversidade de produtos são alguns dos principais motivos que levam os consumidores a escolher plataformas internacionais em detrimento dos varejistas locais.


Entre essas plataformas, o destaque vai para a Shopee, com 52% dos consumidores utilizando a plataforma para fazer compras internacionais. A Shein, focada no segmento de moda, vem logo atrás, com 43%, seguida pelo Aliexpress, com 39%. Além da Wish, com 9%.


A chegada da Temu ao Brasil


Uma outra plataforma que vem se destacando recentemente no mercado brasileiro é a Temu, pertencente à PDD Holdings. Lançada no Brasil em junho de 2024, a Temu rapidamente ganhou popularidade, liderando o ranking de downloads de aplicativos de marketplaces em agosto e chegando a 19 milhões de usuários ativos mensais, quase se igualando ao Magazine Luiza, segundo um relatório sobre o desempenho do varejo online elaborado pelo Citi, com base nos dados fornecidos pela Similarweb e pela Sensor Tower.



A estratégia da Temu tem sido extremamente agressiva, com frete grátis, descontos acima de 70% e brindes como drones, além de uma política de queima de caixa para conquistar os consumidores.


Somente em agosto, o app foi baixado por 7,2 milhões de usuários no Brasil, superando competidores tradicionais como Shopee, Amazon e Mercado Livre. Esse avanço está gerando preocupação entre players nacionais, que já começam a sentir a perda de participação de mercado.


Como isso impacta o comportamento de compra?


Esse crescimento está diretamente ligado à mudança no comportamento do consumidor. A busca por preços mais baixos, frete grátis e uma experiência de compra mobile-first são fatores que fazem com que o consumidor brasileiro opte cada vez mais por plataformas internacionais.


Com 73% dos brasileiros preferindo fazer compras pelo smartphone, as plataformas chinesas estão bem posicionadas, com interfaces otimizadas e promoções agressivas, que mantêm os consumidores engajados.


No entanto, nem tudo são flores.


A pesquisa mostra que 51% dos consumidores já pagaram taxas de importação ao comprar em sites internacionais, e 43% desistiram de suas compras por causa dessas taxas. Além disso, entregas demoradas continuam sendo um desafio para quem compra de fora.


O que isso significa para o e-commerce brasileiro?


O uso crescente de plataformas chinesas representa um grande desafio para o e-commerce local. As empresas brasileiras precisam se adaptar a esse novo cenário, focando em aspectos que vão além de preço, como experiência do cliente, rapidez na entrega e segurança nas transações.


Isso também representa uma oportunidade: enquanto consumidores enfrentam taxas de importação e desistem de compras internacionais por causa delas, os e-commerces locais podem se diferenciar oferecendo entregas mais ágeis e evitando custos adicionais inesperados.


Com 60% dos consumidores planejando manter ou aumentar suas compras em sites internacionais nos próximos 12 meses, as marcas brasileiras precisam agir rapidamente. A adaptação não é apenas desejável, é essencial.


Explorar modelos de afiliados, parcerias estratégicas e pensar além das fronteiras são caminhos para enfrentar a concorrência global e se integrar a um mercado cada vez mais digital e globalizado.


É evidente que essa tendência vai continuar. As plataformas chinesas, com seus modelos de negócios ágeis e ofertas competitivas, têm muito a ensinar ao mercado local.


A grande questão é: o mercado brasileiro está pronto para essa nova realidade?


Fonte: Opinion Box - E-commerce Trends 2025

Para baixar a pesquisa completa: Clique Aqui!


 

Por: Antônio Netto

Gerente de Planejamento, liderando estratégias de marketing para o varejo. Com vasta experiência, também sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prática.


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