Descubra por que a Geração Z está trocando o Google pelo TikTok para buscas online e como isso está moldando o futuro do marketing digital
Se você precisa encontrar um produto ou serviço, provavelmente a forma mais natural que te venha a cabeça é fazer uma busca no Google. Certo?! Depende. Uma transformação - nada silenciosa - no comportamento de busca por informações online está redefinindo o domínio do Google, especialmente pela geração Z: o TikTok.
Uma pesquisa da Adobe destacou que 64% dos jovens da geração Z preferem usar o TikTok para descobrir como utilizar produtos ou encontrar estabelecimentos, em vez de buscadores tradicionais.
A popularidade do TikTok como ferramenta de busca reflete uma mudança cultural profunda. A plataforma não é apenas um local para entretenimento. Se tornou um recurso muito importante para informações rápidas e confiáveis.
Este comportamento é impulsionado pela eficiência do algoritmo do TikTok em apresentar informações de maneira visual e interativa, através de vídeos curtos, que não apenas informam, mas também engajam.
O TikTok oferece uma experiência de busca que vai além da simples entrega de dados. Na plataforma, os usuários encontram uma biblioteca de vídeos demonstrativos que mostram o uso prático dos produtos, tornando o aprendizado mais dinâmico e adaptado às preferências visuais da geração mais jovem.
Este aspecto visual e direto, principalmente de conteúdos em vídeos curtos, é o grande diferencial, pois para a geração Z e a geração Alpha a rapidez e a autenticidade nas informações é algo amplamente valorizado.
Segundo especialistas, a tendência é que este comportamento se intensifique, com as marcas precisando adaptar suas estratégias de conteúdo para atender a esse novo modo de consumo de informação. O que também destaca o papel central dos influenciadores (e microinfluencer) nas estratégias das marcas.
Para as marcas, a ascensão do TikTok como uma plataforma de buscas representa uma oportunidade única para se conectar com um público jovem e altamente engajado.
A chave está em criar conteúdos que sejam não apenas informativos mas também envolventes e adaptados às novas expectativas de consumo de informação.
Mas e o Google?
Quem acha que o Google está quieto vendo essa mudança acontecer, está bem enganado! A empresa já começou a testar filtros de busca que priorizam vídeos curtos em seus resultados no search, reconhecendo a crescente preferência dos usuários por esses conteúdos, similar ao estilo do TikTok.
Mas é importante frisar que o TikTok como concorrente bate justamente no calcanhar de Aquiles do Google: o modelo de rede social. Para quem não se lembra, o Google, que domina disparado o domínio das buscas globais, já tentou algumas vezes implementar uma diversificação de plataformas digitais, sem sucesso.
É o caso do Google+, a extinta rede social que o Google tentou e tentou implementar (com estratégias que envolviam criar um perfil obrigatório na rede para todos os usuários que utilizavam o Gmail), mas que no final, não vingou.
E para quem não se lembra, ainda tentando ganhar uma fatia de mercado de redes sociais, o Google chegou a compra o também extinto ORKUT, rede social que fez um sucesso gigantesco no Brasil e Índia. Novamente, sem sucesso. A rede acabou sendo desativada.
Vai ser uma guerra de mudanças culturais interessante de se acompanhar. Lembrando que o Google também é dono do Youtube, plataforma que domina os conteúdos de vídeo e que já adaptou seu formato tradicional, de vídeos longos e horizontais, para o “Shorts”, para concorrer diretamente com o formato reels e TikTok.
Impacto para as Marcas
É imprevisível que as marcas reconheçam e se adaptem a essa nova realidade. Criar conteúdo relevante que seja facilmente descoberto no TikTok pode ampliar significativamente o alcance e a destaque de uma marca entre os consumidores mais jovens.
A colaboração com criadores de conteúdo no TikTok, que já possuem uma voz autêntica na plataforma, pode ser particularmente eficaz.
Este movimento não é apenas uma tendência passageira, mas um indicativo de como as futuras gerações buscarão e consumirão informações. As marcas que entenderem e se adaptarem a esse novo paradigma estarão melhor posicionadas para prosperar na era digital acelerada.
Por: Antônio Netto
Gerente de Planejamento, liderando estratégias de marketing para o varejo. Com vasta experiência, também sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prática.
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