Três em cada quatro brasileiros conhece alguém que tentou ou cometeu suicídio. O dado reforça a importância da conscientização deste mês para a sociedade e empresas
Em setembro, o Brasil e o mundo se unem em torno de uma causa urgente e delicada: a prevenção ao suicídio. O Setembro Amarelo traz à tona debates importantes sobre a saúde mental, mas o que nós, brasileiros, pensamos sobre isso?
Uma pesquisa realizada pelo Instituio Hiboou, em setembro de 2023, revela uma realidade preocupante, mas que também nos aponta caminhos claros para a ação.
Confira os principais highlights!
Depressão é vista como doença
Quando questionados sobre o que acreditam ser a depressão, 93% dos brasileiros reconhecem a condição como uma doença. Esse número é positivo, mas ainda há 6% que acreditam ser um estado de humor ou algo menos grave.
É importante que todos compreendam a seriedade da depressão e que tratá-la como um simples "estado de espírito" pode atrasar diagnósticos e tratamentos que salvam vidas.
Mais perto do que imaginamos
74% dos entrevistados conhecem alguém que atualmente sofre com depressão. Este dado reforça o quanto essa condição está presente no nosso cotidiano, impactando famílias, amigos e colegas de trabalho.
Entre os canais de ajuda mais mencionados, 93% apontam a importância do apoio de psicólogos ou psiquiatras, e 39% destacam os grupos de apoio como fundamentais no processo de tratamento.
Suicídio: não pode ser ignorado
O dado mais alarmante da pesquisa é que 75% dos entrevistados conhecem alguém que já tentou ou cometeu suicídio.
E quatro em cada dez entrevistados (42%) já tiveram pensamento de tirar a própria vida. Dos principais motivos que levaram a esse pensamento estão: Falta de perspectiva de vida (27%), fim de um relacionamento amoroso (26%) e não corresponder às expectativas a família ou amigos (20%).
Na lista ainda constam outros fatores como dívidas, bullying, orientação sexual, perda de emprego e ter sido vítima de violência sexual ou doméstica.
A depressão pode, sim, levar ao suicídio, e 100% dos respondentes reconhecem essa relação direta.
Entre os principais sinais percebidos, destacam-se o desânimo generalizado (34%), o isolamento social (33%) e mudanças no comportamento, como o aumento do silêncio e retração.
O papel da sociedade na prevenção
Uma das questões mais discutidas no Setembro Amarelo é a importância de incentivar as pessoas a buscar ajuda.
87% dos respondentes afirmam já ter orientado alguém a procurar auxílio quando notaram sintomas de depressão ou comportamento suicida.
Este dado reforça a importância de estarmos atentos aos sinais e termos conversas francas sobre saúde mental.
Aumento da Depressão
Quando questionados sobre os fatores que acreditam estar impulsionando o aumento dos casos de depressão, 64% apontam a falta de perspectiva econômica e o desemprego, seguidos pelo excesso de trabalho e estresse (60%) e o isolamento social (55%).
A busca por uma solução precisa incluir a criação de mais espaços de apoio e políticas públicas voltadas para a saúde mental, considerando o impacto que a economia, a tecnologia e as mudanças sociais têm nas vidas dos brasileiros.
Fonte: Setembro Amarelo, Setembro 2023 - Hibou.
Para baixar a pesquisa completa: Clique Aqui!
Uma análise: conscientização
Os números não mentem: o suicídio e a depressão estão mais presentes do que nunca, e nós, como sociedade, precisamos agir. A busca por ajuda profissional, o apoio da família e o espaço para discutir esses temas abertamente são essenciais para reverter essa tendência.
No contexto mercadológico, as empresas que adotam políticas de saúde mental e promovem o bem-estar dos colaboradores e consumidores se destacam no mercado atual.
As novas gerações de consumidores, especialmente os millennials e a Geração Z, dão grande valor a marcas que demonstram responsabilidade social e propósito claro.
A aderência ao Setembro Amarelo pode ser uma excelente oportunidade para as marcas reafirmarem o seu compromisso com causas relevantes, construindo conexões mais genuínas e duradouras com seus públicos.
Neste Setembro Amarelo, faço um convite a todos para refletirem sobre como podemos, individualmente e coletivamente, ajudar a combater esse mal. Este é um momento para falar, ouvir e, acima de tudo, agir.
Por: Antônio Netto
Gerente de Planejamento, liderando estratégias de marketing para o varejo. Com vasta experiência, também sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prática.
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