top of page
Foto do escritorFreitas Netto

É fim do Google!

Pelo menos da forma como o conhecemos. E a culpa é da Inteligência Artificial; leia e descubra

À medida que as inteligências artificiais avançam e mudam a forma como buscamos e consumimos informações, o fim do Google como nós o conhecemos vai ficando mais aparente. Essa afirmação parece uma análise alarmante, mas eu explico.

O Google construiu seu império com base em um modelo de negócios centrado na publicidade. E nesse modelo, a maior parte de sua receita vem da venda de anúncios, especialmente através da área de busca do Google, o search, onde anunciantes pagam para exibir seus links patrocinados para usuários que realizam buscas.


Cada vez que um usuário pesquisa e clica em um link patrocinado que lhe foi apresentado no resultado, o anunciante paga por esse clique e o Google recebe o valor. De clique em clique a empresa vale trilhões.


No entanto, a chegada das inteligências artificiais conversacionais, como a própria Gemini do Google, promete revolucionar essa dinâmica e afetar diretamente esse modelo "tradicional" de negócio do Google.


Quando usuários recebem respostas elaboradas, diretas e precisas das IAs, a necessidade de clicar em links, sejam eles orgânicos ou pagos, diminui consideravelmente. Isso representa um desafio significativo para o Google, que depende do tráfego gerado por esses cliques.


Desafio sim, mas grandes oportunidades


Para enfrentar esse desafio, o Google já começou a adaptar seu modelo de publicidade. A integração de anúncios diretamente nas respostas das IAs é uma dessas estratégias.


Por exemplo, ao pesquisar por "melhores celulares de 2024", a IA poderia fornecer uma lista comparativa de modelos, destacando os produtos patrocinados com informações detalhadas e links diretos para compra. Isso mantém a relevância dos anúncios e os incorpora de maneira fluida à experiência de busca do usuário, tornando a publicidade menos intrusiva e mais útil.


Outra área de adaptação é a integração da IA em outros produtos do Google. No Google Maps, por exemplo, a IA pode sugerir restaurantes, hotéis e atrações turísticas patrocinadas ao fornecer direções ou informações sobre um destino.


No Google Shopping, a IA pode atuar como um assistente de compras, oferecendo recomendações personalizadas e exibindo anúncios contextualmente relevantes.


Melhoria da experiência do usuário


A IA conversacional pode melhorar significativamente a experiência do usuário ao fornecer respostas rápidas e precisas às suas perguntas. A capacidade da IA de processar grandes quantidades de dados em tempo real permite oferecer respostas instantâneas e relevantes, economizando tempo e esforço do usuário.


Além disso, com base no comportamento e nas preferências do usuário, a IA adapta suas respostas e sugestões, criando uma experiência mais personalizada e envolvente. Usuários satisfeitos tendem a passar mais tempo nos produtos do Google, o que aumenta a exposição aos anúncios e, consequentemente, a receita publicitária.


Considerações Éticas e Regulatórias


A integração de publicidade nas respostas geradas por IA acende um alerta! É fundamental manter a naturalidade e organicidade das respostas para não comprometer a experiência do usuário. É preciso preservar a confiança do usuário, garantindo que os anúncios sejam relevantes e não intrusivos.


Assim como a publicidade em outros meios de comunicação - impresso, rádio, TV e a própria internet - precisou se adaptar e ser regulada, a publicidade através de IAs também precisará ser cuidadosamente monitorada e regulamentada.


A inserção de publicidade nas respostas das IAs levanta questões sobre transparência, manipulação e privacidade. Será necessário garantir que os usuários estejam cientes de quando estão sendo apresentados a conteúdos patrocinados e que tenham controle sobre a quantidade e o tipo de publicidade que consomem.


Os limites éticos envolvendo a publicidade nas IAs devem ser discutidos e definidos para evitar abusos e garantir que a tecnologia seja utilizada de maneira justa e responsável. Este será um ponto de atenção para a sociedade, à medida que avançamos para um futuro onde a inteligência artificial ganham um espaço cada vez mais central em nossas vidas.


 

Por: Antônio Netto

Gerente de Planejamento, liderando estratégias de marketing para o varejo. Com vasta experiência, também sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prática.


Gostou desse artigo?

Te convido a contribuir mais sobre o assunto!

Compartilhe sua experiência ou cases interessantes.

Siga meu perfil e acompanhe outros textos!



7 visualizações0 comentário

Comentarios


bottom of page